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| Palácio de Vidro - Jardim Botânico |
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| Ópera de Arame |
Se perguntarem a algum nordestino qual cidade da Região Sudeste ou do Sul do Brasil ele gostaria de conhecer, provavelmente, responderá São Paulo, Rio de Janeiro, a Serra Gaúcha ou o Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde está sediado o Parque Beto Carreiro World, destinos campeões das intenções de viagem. Talvez ele não tenha informações sobre Curitiba, uma cidade encantadora e que vale muito a pena conhecer. Formada num altiplano a 934 metros acima do nível do mar, a capital do Paraná possui uma área de 435,5 km² de extensão e uma população estimada em 1.764.540 habitantes (IBGE 2011).
Fundada em 29 de março de 1693, como campo de mineração de ouro, Curitiba prosperou. De pequeno centro administrativo, comercial e de agroprocessamento, transformou-se em uma das mais desenvolvidas cidades do Brasil. A característica principal que marcou o perfil da capital paranaense foi a chegada de imigrantes de várias localidades, sendo a sua maioria, italianos, alemães, ucranianos e japoneses, que ajudaram na formação da estrutura populacional, econômica, social e cultural da cidade. Da mesma maneira como muitos paulistas, gaúchos, mineiros e nordestinos, brasileiros de todos os estados também ajudaram a construir a imagem da cidade.
Alguns fatores fazem de Curitiba uma metrópole modelo para o Brasil. Desde o início do século 20, tem disputado com São Paulo a sede de investimentos empresariais, atraídos em grande parte pela qualidade de vida da cidade e pelos exemplares serviços públicos. A começar pelo eficiente e inovador sistema de transporte coletivo, conhecido internacionalmente, o trânsito disciplinado, as ruas e avenidas bem pavimentadas, sinalizadas, limpas e sem a presença de meninos de rua, tão comum nas grandes cidades brasileiras.
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| Ponto de Ônibus |
A capital paranaense também se destaca pela valorização das áreas verdes. São 21 parques espalhados por toda a cidade e com atrações diversas. Somados a 15 bosques e mais de mil praças e jardinetes, são quase 25 milhões de m² de área verde em Curitiba. Um dos destaques é o Jardim Botânico, que possui área total de 178 mil m² - espaço público mais visitado da cidade, com média de frequência anual de um milhão de visitantes.
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| Memorial Ucraniano - Parque Tingui |
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| Bosque Alemão |
Ao andar nas ruas do Centro da cidade, dá para perceber que a arquitetura antiga e a contemporânea convivem de forma harmoniosa. Muitos prédios históricos continuam em bom estado de preservação, como legado representativo do passado. Caminhar pelas ruas também é observar o modo como a população se veste: coberta por elegantes casacos, luvas, cachecóis e chapéus. Curitiba tem a mais baixa temperatura média anual entre as capitais brasileiras, o que contribui ainda mais com os ares europeus da cidade.
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| Ruas do Centro de Curitiba |
Essa característica se deve à altitude, que garante um clima mais frio que o das duas capitais dos estados mais ao sul, Florianópolis (Santa Catarina) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul) ambas ao nível do mar. Teoricamente seu clima é subtropical úmido: inverno frio e chuva o ano inteiro, com a temperatura média anual de 16,5°C, sendo o inverno com média de 12 °C e o verão, 22 °C.
Junto aos vários parques vieram novos cartões postais da cidade, como a Ópera de Arame, o Palácio de Vidro do Jardim Botânico e o Museu Oscar Niemeyer, considerado pelo site norte-americano Flavorwire um dos museus mais bonitos do mundo. Inaugurado em 2002, quando o prédio principal deixou de sediar algumas secretarias do Estado e passou por adaptações, como a instalação do popularmente chamado Olho, um anexo de 30 metros de altura feito de concreto e vidro que imprimiu uma nova identidade ao complexo.
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| Fachada do Museu Oscar Niemeyer |
Com uma programação dedicada à exposição de artes visuais, arquitetura e design, e um espaço expositivo de alto nível, o museu foi colocado no roteiro das grandes exposições, antes restrito ao eixo Rio-São Paulo, e consolidou o complexo como uma referência nacional e internacional. Composto por aproximadamente duas mil peças, o acervo guarda obras dos paranaenses Alfredo Andersen, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli, Caribé, entre outros.
No quesito gastronomia, a maior atração da cidade é o charmoso bairro de Santa Felicidade, que reúne cerca de 340 estabelecimentos, entre os quais restaurantes, pizzarias, padarias e confeitarias. A grande pedida é a sequência de casas dedicadas à cultura italiana. Algumas delas, como o Madalosso, tem capacidade para atender mais de mil pessoas ao mesmo tempo. Completando esse pedaço italiano em Curitiba, existem as tradicionais vinícolas e cantinas de vinho, lojas de artesanato e móveis de vime, além do sugestivo portal de entrada do bairro, inaugurado em 27 de outubro de 1990, representando os valores da cultura italiana trazida pelos primeiros imigrantes, que chegaram há mais de um século.
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| Portal de Entrada de Santa Felicidade |
Curitiba tem, há muitos anos, o que muitos destinos não oferecem: a Linha Turismo, um ônibus verde double-decker que percorre 24 pontos turísticos, num trajeto de 44 km, em aproximadamente 2h30 de passeio. O ponto de partida é a Praça Tiradentes, marco zero da capital, mas o embarque pode ser feito em qualquer um dos pontos turísticos por onde o ônibus passa, a cada 30 minutos. Ao pagar a tarifa, o turista recebe uma cartela que dá direito a um embarque e quatro reembarques.
Para curtir a noite, a cidade conta com mil e uma opções entre bares, restaurantes, boates, casas noturnas, teatros e cafés, para todas as tribos. O Batel, um bairro central, oferece inúmeros atrativos para os notívagos, muitos deles lado a lado na Rua Bispo Dom José, continuação da Avenida Batel. A qualidade urbana de Curitiba já faz da cidade um destino de viagem de primeiro time. A trabalho ou a passeio, é um prazer descobrir que existe uma grande capital brasileira que funciona tão bem.
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| Noite de sábado na Black Box Club |
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| Teatro Paiol |
