quinta-feira, 12 de abril de 2012

Heleno, o filme




Assisti ontem ao filme “Heleno” e adorei. O ator Rodrigo Santoro, na pele do protagonista Heleno, mais uma vez mostra o seu incontestável talento. O drama, dirigido por José Henrique Fonseca, baseado no livro “Nunca houve um homem como Heleno”, do jornalista e escritor Marcos Eduardo Neves, retrata a vida de Heleno de Freitas, considerado o primeiro “craque problema” do futebol brasileiro, na encantadora cidade do Rio de Janeiro dos anos 1940. Advogado, boêmio, boa vida, irritadiço, galã, Heleno era um homem de boa aparência, mas quase intratável. Depois de onze anos jogando futebol, entrou para a história como um dos maiores craques do futebol sul-americano.

Descoberto por Neném Prancha no time do Botafogo de praia, Heleno chegou ao time principal do Botafogo em 1937, com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite (goleador do tetracampeonato estadual, de 1932 a 35) e não decepcionou a torcida, com grande habilidade e excelente cabeceio.

O jogador de cerca de 1,82 metros foi o maior ídolo alvinegro antes de Garrincha, mesmo sem nunca ter sido campeão pelo clube. Marcou sua passagem pelo Glorioso com 209 gols em 235 partidas, tornando-se o quarto maior artilheiro da história do clube. Deixou General Severiano em 1948, quando foi vendido ao Boca Juniors, da Argentina, na maior transação do futebol brasileiro até então.

Fez 18 partidas pela Seleção Brasileira de Futebol marcando 15 gols, tendo sido artilheiro do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1945 - atual Copa América - com seis gols. Heleno, o craque, o artista da bola, o mito do futebol, o artista das multidões, o craque galã, o diamante branco, a elegância do futebol, são adjetivos, que perfeitamente se enquadram a figura ímpar de um gênio chamado Heleno. Foi com a bola nos pés, levando a torcida ao delírio que o jogador deixou a marca de sua genialidade, se tornando uma das mais ricas histórias do futebol brasileiro. Quer saber mais detalhes da vida de Heleno? Confira uma matéria exibida no Programa Esporte Espetacular, da TV Globo, em 25 de setembro de 2011.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Natal, um lugar para ser feliz


Avenida Getúlio Vargas

Segundo o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo, filho do Rio Grande do Norte, a origem do nome Natal para a capital do Estado pode estar ligada a dois fatos históricos: um deles estaria relacionado ao dia em que a esquadra de Mascarenhas Homem adentrou a Barra do Potengi, no dia 25 de dezembro de 1597, e o outro teria ligação com uma missa celebrada em 25 de dezembro de 1599, data-marco da fundação da cidade. A Fortaleza dos Reis Magos, no encontro das águas do mar e do Rio Potengi, cuja construção foi iniciada em 6 de janeiro de 1598, dia consagrado aos Santos Reis, é o marco do início da formação do núcleo populacional de Natal.

Com um ótimo alto-astral, a cidade desperta em todos os seus visitantes uma paixão instantânea. Turistas de todas as partes do Brasil e do mundo ficam encantados com as belezas naturais, a hospitalidade do povo e a tranquilidade, típicos do interior, além da infraestrutura e dos serviços que a cidade tem, como uma cidade grande. O povo natalense abraça a todos os que visitam esta cidade mágica e formidável, de forma que o turista acaba se sentindo em casa e muitas vezes escolhe Natal como sua segunda residência ou termina morando lá.

Foi o que aconteceu com o chef de cozinha mineiro Arthur Coelho, que ao visitar a capital potiguar gostou e acabou morando no local por mais de dez anos. “Fixei residência em Natal por opção mesmo. Considero a cidade um lugar que reúne tudo o que as pessoas desejam em termos de qualidade de vida: trânsito calmo, ar puro e certa qualidade quanto à segurança pública. Natal é uma cidade muito encantadora”, diz ele, que, por causa do trabalho, hoje mora no Recife.

Não são apenas as pessoas de fora que gostam do lugar. Certo bairrismo à parte, os moradores naturais também elogiam sua cidade. Um deles é o médico veterinário Bruno Barbalho. “Nossa cidade foi planejada com ruas largas e desenho prático. É fácil se locomover aqui e encontrar os endereços”, informa. “Na minha opinião, um dos lugares mais lindos de Natal é o Parque das Dunas, uma reserva ecológica no Centro da cidade, que se estende ao longo da Via Costeira”, destaca. Barbalho também atribui como um dos diferenciais da cidade a pouca poluição e o bom clima. “Temos um calor com brisa, o que não é todo o mal”, salienta.

Parque das Dunas

Natal possui uma ótima infraestrutura de acesso e transporte, atendendo perfeitamente à demanda local e facilitando o deslocamento turístico nos períodos de baixa ou alta estação. Com vias largas, pontes, viadutos, porto e aeroporto, a cidade oferece o mínimo de trânsito e o máximo de conforto nos serviços de transporte terrestre, aéreo e marítimo.

O estilo neoclássico, trazido pela Missão Artística ao Brasil, atravessou todo o século XIX e deixou alguns exemplares arquitetônicos significativos, ainda existentes no Rio Grande do Norte, especialmente em Natal. O século XX trouxe consigo o progresso decorrente da Revolução Industrial. Natal antecipou-se ao movimento modernista nacional com a criação do primeiro plano urbanístico da cidade, através da Resolução nº 15, de 30 de dezembro de 1901, que criou a “Cidade Nova”, compreendendo os bairros de Tirol e Petrópolis.

A partir daí, foi crescente a evolução urbana de Natal. A cidade expandiu-se, novos bairros foram criados e largas avenidas foram abertas. Natal continua crescendo a cada dia. A via costeira foi implantada, com uma ampla rede de confortáveis hotéis. Novos prédios são construídos diariamente. A capital potiguar tem cerca de 320 dias de sol durante o ano. O período de chuva no Rio Grande do Norte compreende os meses de março a junho, mas a temperatura registrada é de 22ºC a 28ºC.

Via Costeira
Com cerca de 800 mil habitantes, Natal possui o ar mais puro da América do Sul, segundo levantamento da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), realizado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). Esta qualidade do ar é justificada pela sua posição geográfica privilegiada. A cidade está situada literalmente na “Esquina do Continente”, onde uma brisa constante e agradável vem do oceano para refrescar a cidade, cuja temperatura média anual é de 26,4ºC.

Litoral – Natal é uma cidade de belas paisagens urbanas e que possui um rico litoral. Ao norte, começando pela Praia da Redinha, há passeios de buggy em dunas douradas, lagoas paradisíacas, mergulhos em piscinas naturais, de águas cristalinas e peixes multicoloridos. Andando pela praia, é possível encontrar cenários quase intocados pela civilização. Ao sul, a famosa Praia de Ponta Negra é o portal para a Rota do Sol, que leva à agitada Praia de Pirangi, com passeios de barco e o maior cajueiro do mundo.


Praia de Ponta Negra

Nas falésias de Tabatinga, é comum a presença de golfinhos. Mais ao sul, pela BR-101, chega-se à Praia de Pipa, uma vila cosmopolita, com praias mundialmente famosas. Em Pipa você se sente um cidadão do mundo, tantos os idiomas ouvidos em suas ruelas cheias de gente bonita, lojas de grifes e restaurantes que não devem nada a qualquer um de outra parte do planeta. Aproveite para voar de parapente e ver do alto as belezas do lugar. O litoral norte, por ser mais extenso, expõe um número maior de praias, sendo as mais visitadas Genipabu, Jacumã, Maracajaú, Barra do Punaú, Perobas, São Miguel do Gostoso, Galinhos, Macau e Ponta do Mel.


Praia de Pipa

Barra do Punaú


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Imprensa Gay no Brasil


Hoje cedo, terminei de ler o livro "Imprensa Gay no Brasil", da jornalista e pesquisadora Flávia Péret. Afirmo sem medo, que trata-se de uma obra maravilhosa. Uma leitura recomendada a profissionais, estudantes de jornalismo e demais interessados no assunto. A obra reconstroi quase meio século de história da imprensa homossexual no país. Apenas nos anos 1960, revistas abertamente homossexuais começaram a ser feitas e distribuídas de mão em mão, em círculos restritos.

Em 1978, durante o governo Ernesto Geisel, surgiu "Lampião da Esquina", primeiro jornal gay de circulação nacional, que duraria até 1981. Nas décadas seguintes, enquanto os grupos de defesa dos direitos de gays e lésbicas se consolidavam, jornais, revistas e panfletos se espalharam pelo Brasil. Vencedor do concurso Folha Memória, Programa de Orientação de Pesquisa em História do Jornalismo Brasileiro (Folha/Pfizer), o livro analisa os impasses e desafios enfrentados por um grupo em constante luta pela livre expressão de sua sexualidade. A obra traz ainda depoimentos de Aguinaldo Silva e João Silvério Trevisan a respeito da criação de "Lampião da Esquina" e do jornalismo voltado a homossexuais.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Mostra retrata os 20 anos do Festival Abril Pro Rock





Um recorte da produção musical brasileira a partir da história dos 20 anos do festival Abril Pro Rock. Esse é o foco da mostra Memorabília APR, idealizada pelo produtor Paulo André Pires, que será inaugurada nesta quinta-feira, às 19h, no Centro Cultural Correios, cuja temporada no local estende-se até o dia 30 deste mês.

O objetivo é mostrar que o festival consegue agregar várias tendências artísticas, além da música, desde a sua primeira edição em 1993. Memorabília APR colocará à disposição do público cartazes do festival e de bandas, fitas cassetes, vinis, CD’s e flyers, além de obras de artistas plásticos que inspiraram trabalhos e projetos de identidades visuais utilizadas para divulgar o evento em suas 20 edições.

Estarão expostas também esculturas, pinturas e gravuras de artistas como Juliana Notari, Jacaré, Evêncio, Neilton Farfan, Derlon, Renata Pinheiro, Cristina Machado e Carga & Descarga. A abertura da mostra será animada pelo VJ Roger de Renor que preparou uma seleção musical baseada na rica discografia que conta a história do festival.

Serviço:

Exposição Memorabília APR (20 anos do Festival Abril Pro Rock)
Centro Cultural Correios
Av. Marquês de Olinda, 262
Bairro do Recife / Recife-PE
Mais informações: (81) 3224.5739