quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Rua da Hora, Expressivo Polo Gastronômico do Recife


Camarão Camarada - Camarão ao Fondue (Divulgação)

Chiwake - Pescado Tropical (Foto: Beto Figueroa)

Entre Amigos, Bode - Bode Molho Vinho (Divulgação)

Entre outros aspectos que caracterizam o Recife, como uma cidade de expressão multicultural, a gastronomia também apresenta um peso preponderante. Além das delícias da culinária nordestina, por aqui é possível saborear receitas das cozinhas dos mais diversos países, indo do clássico ao contemporâneo. Tamanha abrangência confere à cidade, o título de terceiro polo gastronômico do Brasil, com cerca de 10 mil estabelecimentos, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Essa abrangência, representada em maior peso pelo Bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, que há muitos anos conta com uma grande quantidade de casas em diversas especialidades (bares, restaurantes e clubes noturnos), vem conquistando espaço, também, na Zona Norte do Recife. Podemos perceber, ainda, que muitos restaurantes de Boa Viagem abriram filiais em bairros da parte norte: Graças, Espinheiro, Parnamirim, Casa Forte e áreas próximas.

O Espinheiro, hoje, um bairro residencial, de classe média alta, oferece várias opções de comércio, bares e restaurantes. Um trecho da região, em particular, chama a atenção: a Rua da Hora, que em seu um quilômetro de extensão, concentra 13 estabelecimentos de várias especialidades, sem contar com as opções de self-service no horário de almoço: Amarelo Manga e Sinhá Joana. Passear pela rua pode causar certa indecisão. São tantas opções deliciosas, difícil escolher...

Logo no começinho da Rua da Hora, encontra-se o Bar Empório Sertanejo, seguido da Pizzaria Palermo e o Kyoto (Cozinha Chinesa). Mais à frente, chegamos ao Zen, famoso restaurante japonês da cidade, que oferece mais de cinquenta opções entre sushis, temakis e pratos quentes como guioza, teppan yaki (arroz, frango e legumes na chapa) e pastel de camarão. Para melhor atender os clientes, que chegam a formar fila na porta, o restaurante inaugurou uma nova unidade (exatamente em frente à primeira), em junho do ano passado.

Villa - Linguine Crevette (Foto: Breno Rocha)

Zen - Uramaki Philadélphia (Foto: Leonardo Felipe)

Quase ao lado da nova unidade do Zen, está o aconchegante Villa, inaugurado há quatro anos, sob o comando do chef Joca Pontes e do empresário Luciano Longman. Ambientado em uma casa de estilo clássico dos anos 1940, o Villa oferece um cardápio enxuto, com o conceito de cozinha de bistrô. “Na época, ainda não existiam todos estes restaurantes, e vislumbramos a possibilidade de abrir o Villa, devido a uma posição mais centralizada entre a Zona Norte e a Zona Sul do Recife, além da proximidade do Centro e da mais importante via da cidade, a Avenida Agamenon Magalhães. É muito bom para a cidade ter uma rua com tantos empreendimentos de qualidade, tornando-se uma referência sempre lembrada pelos clientes”, destaca Joca Pontes. Ao lado do Villa, nos deparamos com o Botequim da Hora (Restaurante e Petiscaria).

Seguindo em frente, ao cruzar as ruas Santo Elias e José L. de S. Barros, chegamos ao Entre Amigos – O Bode, inaugurado em 2003. O estabelecimento é uma filial da casa, que existe, desde 1994, em Boa Viagem. De lá para cá, o restaurante construiu sua fama sobre pratos feitos com carne de caprino, mas é na diversidade do cardápio que muitos se sentem atraídos. Além da especialidade, oferece várias opções de pratos à base de frutos do mar, carnes nobres, como filé, picanha e maminha, aves e uma variedade de petiscos. Ao lado do Entre Amigos, a Pizzaria Famiglia Lucco disponibiliza deliciosas opções de massa, filés, frangos e peixes.

Em frente ao Entre Amigos, está o Café Porteno (comidinhas saborosas com um toque gastronômico e o charme da Argentina), seguido do Subway (13ª unidade da rede no Estado, aberta no início de março) e do Bar Bodega da Gente. Ao lado está o Chiwake. Do ambiente decorado exclusivamente com peças peruanas até a variedade de opções no cardápio, do tradicional ao contemporâneo, o Chiwake proporciona uma verdadeira viagem ao Peru. Além da genuína culinária dos Andes, oferece ainda a maravilhosa fusão da rigorosa cozinha japonesa com a picante fantasia da cozinha peruana, a culinária Nikkei - uma das mais afortunadas expressões da mestiçagem cultural peruana produzida nos últimos anos.

Quase ao final da rua, do lado esquerdo, está o Camarão Camarada. A casa especializada em camarões possui mais de 50 opções de pratos. O cardápio é o mesmo da casa de Boa Viagem, elaborado pelo chef François Schmitt. A nova unidade tem capacidade para 200 pessoas em dois ambientes, um climatizado e outro ao ar-livre, além de uma área para crianças. O crustáceo utilizado é tipo exportação, produzido na fazenda do grupo, no Piauí. Segundo o gerente, Cristiano Sérgio, é importante oferecer uma diversidade de opções nesta região, “que solidificou a Rua da Hora, como um dos polos de gastronomia mais importantes do Recife, depois de Boa Viagem, tradicional bairro turístico da cidade.”

Serviço:
Empório Sertanejo: (81) 3083.2739
Pizzaria Palermo: (81) 3241.7860
Kyoto: (81) 3427.3100
Sinhá Joana: (81) 3242.3145
Amarelo Manga: (81) 3426.5751
Zen: (81) 3427.3377
Villa: (81) 3241.2769
Botequim da Hora: (81) 3241.4301
Entre Amigos – O Bode: (81) 3312.1000
Famiglia Lucco: (81) 3223.6059
Camarão Camarada: (81) 3034.0827
Café Porteño: (81) 3077.3006
Subway: (81) 3223.1529
Bodega de Gente: (81) 3221.6938
Chiwake: (81) 3221.1606 / 3423.1529

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Festa de 2 anos do Clube do Samba de Recife


Admiradores do samba se reúnem, no próximo domingo, dia 28 de Agosto, a partir do meio dia, para celebrar os dois anos de estrada do Clube do Samba de Recife. A festa não poderia ser em outro cenário senão, na Praça Central do Morro da Conceição, onde nasceu o projeto.

Há muito que o samba subiu o morro, fincou o pé e mensalmente reúne parte dos principais sambistas da cidade pra manter vivo e aceso todo esse estourou em Pernambuco nos últimos anos e ainda de quebra juntar donativos para doar à comunidade através das associações que são beneficiadas com o projeto.

E para a festa ficar ainda mais bonita, Karynna Spinelli (PE), Fabiana Cozza (SP), Luiza Dionízio (RJ) e Mariene de Castro (BA), quatro das principais cantoras de samba do Nordeste e Sudeste, vão misturar no palco quatro vozes e quatros histórias, para comemorar esse momento único do samba pernambucano. A abertura da festa ficará por conta da banda Pouca Chinfra, que acaba de chegar de sua primeira turnê na Terra da Garoa.

O evento ainda conta com o DJ 440, especialista em música brasileira e um dos dj’s mais atuantes e conceituados do Estado, e o cantor Geraldo Maia, que será homenageado com Paulinho Leite, junto com o Sistema Jornal do Commercio, devido às grandes contribuições ao samba pernambucano. A Galeria do Ritmo encerrará o evento juntamente com a presidenta do Clube do Samba de Recife e uma das principais representantes dessa renovação do samba pernambucano, Karynna Spinelli.

Para participar da festa, bastar levar 2 kg de alimentos, que serão doados para a comunidade do Morro da Conceição. Nesses dois anos o projeto conseguiu arrecadar mais de 40 toneladas de donativos, que foram doados a diversas instituições de Pernambuco.

A festa de aniversário de 2 anos do Clube do Samba de Recife tem apoio do Governo do Estado, através da Fundarpe, da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, e da Engemar Construções e Serviços Ltda.

Gertrudes by Magali Marino

Magali Marino



Gente, vocês conhecem o trabalho da estilista Magali Marino, da marca Gertrudes? Os looks dela são maravilhosos! Tive a chance de conhecer em alguns desfiles no Recife, como também já bati um papo super legal com ela. Uma fofa! Magali Marino desenvolve trabalhos do vestuário feminino, utilizando linho para roupas casuais e tecidos nobres como a seda pura para vestidos de noivas e festas. Neste segmento, a psicologia faz interseção com a criação dando uma concepção emblemática para cada mulher. Tendo a presença constante do crochê, tricô e frivolité, numa identidade particular. O desfile da coleção Primavera-Verão 2012 da Gertrudes acontecerá no dia 29 de setembro, no Espaço Usina Dois Irmãos, com o tema Bodas de Ouro. A coleção será apresentada com make-up by Isnaldo Braga.

Serviço:
Magali Marino
(81) 3268.0686 / 8848.6551



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Entrevista - Vivian Whiteman


O mercado de moda no Brasil tem se mostrado cada vez mais promissor. Não só os estilistas e as marcas nacionais ganham cada vez mais força, relevância e visibilidade no mercado internacional, como as grifes estrangeiras possuem mais interesse no país. Em 2008, havia cerca de 20 marcas internacionais no Brasil. Para os próximos cinco anos, a previsão é que mais de 50 grifes abram lojas no país. “Estamos passando agora por um novo movimento de moda no Brasil que é a chegada de diversas grifes estrangeiras aqui”, afirma a Vivian Whiteman, editora de moda do jornal Folha de São Paulo.

Dessa forma, com o desenvolvimento cada vez maior do setor, o jornalismo de moda também cresce na mesma escala. Porém, para Vivian, a cobertura de moda no Brasil ainda está em desenvolvimento. “Mas tem evoluído bastante. Até pela profissionalização dos jornalistas, mas ainda tem um bom caminho”, afirma. A editora acredita também que hoje a cobertura não se resume mais apenas às semanas de moda e que, aos poucos, incorpora-se ao noticiário como um todo. “É natural e necessário que durante os grandes eventos as atenções todas se voltem para isso porque é um ápice. Mas temos que trabalhar em várias frentes. As semanas de moda são sempre importantes, mas tem que estar atento na moda de rua, na cultura jovem, na música”, analisa.

Como você avalia a cobertura de moda no Brasil?
Eu acho que é bem irregular. Temos veículos muito comprometidos com a cobertura de fato, que querem analisar moda, entender e explicar como funciona o mercado e a parte criativa. Por outro lado, temos ainda uma grande parte de veículos em que o conteúdo é muito submisso à parte comercial, ou seja, algumas revistas são catálogos, todo conteúdo é pautado pelos anunciantes e acho que compromete bastante a análise e a escolha do conteúdo. Tudo é muito pautado em valores e histórias que são o dinheiro e não a visão de uma editora, de um repórter de moda que entende a capacidade de expressão que a moda tem.

Acredita que o trabalho dos jornalistas nessa área vai melhorar?
Com certeza. Acho que tem que melhorar. Acho que tem dar um caráter bem mais profissional, parar de achar que moda é coisa fútil, que é bobagem, que é brincadeira. Não é. Hoje, talvez a moda seja uma das coisas que mais influencia o comportamento das pessoas do mundo inteiro.

Há muitos estereótipos na área do jornalismo de moda?
Tem sim. Tanto do próprio jornalista em relação a ele mesmo, quanto das pessoas que de fora que acham que o jornalista de moda vive em festas, que é puro luxo e glamour, que ele só encontra gente importante em festas maravilhosas e isso é uma mentira absurda. Há um trabalho exaustivo e precisa esclarecer melhor isso. Mas existem jornalistas que tentam imprimir isso na vida deles. O modelo que vem de fora são de jornalistas e editoras de moda que são tratadas como celebridades. Agem como celebridades e são fotografadas como celebridades e causa essa confusão. Essas grandes editoras estrangeiras têm muita exposição, estão na TV o tempo todo, no jornal, e elas não ficam no papel apenas de transmitir notícias. Elas são notícias e isso chega aqui muito forte. Como elas têm status de uma pessoa de Hollywood, de alguém famoso da área de música, andam com vários seguranças, promovem festas gigantescas…elas têm uma vida que batem com o estereótipo.

O jornalismo de moda no Brasil já tem a própria identidade ou ainda segue muito o que é feito no exterior?
Eu acho que está, aos poucos, construindo essa identidade. Até porque a moda organizada no Brasil existe há pouco tempo. A SPFW tem 10 anos. Antes disso, até tivemos algumas outras iniciativas, mas é pouco. É difícil, mas hoje as pessoas já sabem, tem orgulho de comprar uma marca brasileira, temos grifes que competem com qualquer outra grife mundial. A imprensa seguiu isso. Antes a gente tinha uma era de costureiros como Clodovil e depois fomos pra os estilistas como o Marcelo Sommer, Alexandre Herchcovitch, marcas como Osklen e isso ajuda a falar mais de moda do Brasil. Mas editorial de moda tem muita coisa completamente copiada e colada de fora, o que é uma pena porque hoje temos profissionais brasileiros para fazer tudo. Stylists, fotógrafos, tudo para fazer uma coisa com a nossa cara.

Fonte: Ana Ignacio / Portal Imprensa

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Coleção Dia dos Pais C&A


Havia me programado para comprar uma roupitcha para meu papis esta semana. Como ele é um homem simples e zero frescura, logo pensei: nada de grifes caras e tal, vou dar uma passada na Riachuelo, que tem uns preçinhos ótimos. Ai a novela Insensato Coração exibe uma cena em que Júlio (Marcelo Valle), junto com suas filhas Cecília e Leila (as lindas Giovana Lancellotti e Bruna Linzmeyer, respectivamente) se jogou nas compras na C&A.

Quando chego ao centro da cidade, minha ideia logo mudou: vou para a C&A. Hum, por que será, hein? Só pode ter sido a influência subliminar da cena a que assisti no dia anterior. Puro efeito de um merchan de TV! kkkkkkk... Deixando essa questão de lado, o fato é que a coleção Dia dos Pais 2011 da C&A está um arraso! Quase enlouqueço quando piso no andar de moda masculina da loja. A sorte que meu lado racional falou mais alto e meu cartão de crédito não se f... Consegui entrar e sair da loja, tendo apenas atendido a minha intenção de compra e não cai nas armadilhas da sedução de mercado.

A coleção foi toda pautada no xadrez. Confesso que não curto muito essa estampa. Sei que não devemos ser ‘fechados’ ao ponto de achar que ela só fica bem na época do São João. Acho meio breguinha (#prontofalei). kkkkkk... Porém, como diz o ditado ‘toda regra tem exceção’, acredito que algumas estampas xadrez são legais. Prefiro um xadrez mais discreto, leve (com poucos desenhos e grandes!)... Aquele xadrez com vários desenhos e minúsculos, acho sim, uma linha São João. kkkkkkkkkkkk... Bom, quem ainda não comprou o seu presente para o papai, ai vai uma boa dica. Não só para a data, que passa, e os produtos continuam, né? Assim, espero. Ainda posso mudar de ideia, rsrsrs...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Projeto 'Conheça o Recife' desvendou pontes

Ponte Maurício de Nassau
Ponte Buarque de Macedo
Fachada do Museu do Estado de Pernambuco

O projeto ‘Conheça o Recife’ percorreu no último sábado (06.08) um roteiro especial que contemplou as pontes da cidade e uma visita ao Museu do Estado de Pernambuco. A ação de sensibilização turística, que é voltada para a população, dessa vez contou com a participação de um grupo de três holandeses. Os turistas ficaram encantados em descobrir a influência da Holanda na capital pernambucana, que ainda preserva obras da época em que a cidade viveu o domínio holandês com governo de Maurício de Nassau.

Marjo Verstoppen e Beatrice van der Burg-Welter foram conferir o roteiro acompanhadas de Ben Kruger, um holandês aposentado que escolheu viver no Brasil. “Fiquei muito interessada pelas pinturas e mobiliário expostos no Museu do Estado. Também gostei de ver peças da influência holandesa e tirei muitas fotos das pontes”, comentou Marjo. Mesmo sem falar uma palavra em português, Marjo foi tocada pelo cenário recifense. “Esta é a minha primeira grande viagem e primeira vez fora da Europa. É o meu segundo dia no Recife e no Brasil”, completou ela que veio passar três semanas na cidade.

A administradora Daniele Assis também participou do roteiro. “É o meu primeiro passeio no Conheça o Recife. Vim pela indicação de amigos. Apesar de já conhecer o museu, gostei de ver obras novas e agora também já sei nomes de pontes, que antes não gravava na memória”, afirma.

Entre as pontes que o grupo conheceu estão a Buarque de Macedo, uma das mais compridas; a Maurício de Nassau, instalada onde foi a primeira ponte do Brasil construída por Maurício de Nassau, em 1644; a Giratória, que ainda guarda os três eixos que a faziam girar; a Boa Vista, que lembra trilhos de trem, no formato retilínea, e traz a tradição comercial de um passado em que havia lojinhas na beira da ponte, no século 19. No Museu do Estado, houve a visita à casa do antigo Barão de Beberibe.

O ‘Conheça o Recife’ acontece semanalmente, aos sábados, com saída da Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. O próximo roteiro será uma caminhada pela Rua da Aurora. O número de participantes é limitado com inscrições prévias pelo telefone (81) 3355.8847.

Participe da ‘Caminhada Viva o Recife Antigo’


A primeira ‘Caminhada Viva o Recife Antigo’ realizada, ontem, pelo Bairro do Recife atraiu a atenção de muitos recifenses em um roteiro que percorreu a Praça do Arsenal da Marinha, a Rua do Bom Jesus, a Marquês de Olinda, o Marco Zero, Rua da Moeda, entre outros locais. Ao longo do percurso, o grupo descobriu fatos curiosos da história e da cultura recifense. A ação integra o projeto ‘Viva o Recife Antigo’, da Secretaria de Turismo do Recife, com apoio do Governo do Estado, que tem levado à área shows de quinta a sábado e programação infantil aos domingos.

O gerente de tecnologia da informação Rafael Cordeiro foi acompanhado da esposa Leila. “Achei muito válido. O roteiro é bem legal e a guia é preparada”, comentou. Para a estudante Edrielly Kalini de Souza, “é a oportunidade de conhecer detalhes não percebidos até mesmo pelos que moram há tantos anos no mesmo lugar”, disse.

Na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus e Rua da Cruz, o grupo descobriu que a arquitetura composta por prédios “altos e magros” foi uma tradição implantada com a chegada dos holandeses. Como eram muitos homens chegando ao mesmo tempo, era necessário abrigá-los em uma estrutura que os comportassem, aproveitando melhor o espaço. Foi a primeira espécie de estrutura vertical no Brasil. Embaixo, ficava a senzala ou o comércio, nos pisos superiores, a sala e o quarto, e no alto, a cozinha, por causa do fogão à lenha para que a fumaça não atrapalhasse a comunidade.

O nome da rua, à época em que era Rua dos Judeus, também se deve à influência holandesa, pois Maurício de Nassau abriu para a prática de todas as religiões, inclusive a judaica, o que provocou a chegada de uma grande leva de judeus na cidade. Hoje, sabe-se que a rua abriga a mais antiga sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, comprovada por rabinos de outros países que investigaram o poço micvê com características construtivas do Brasil Colônia.

No Museu a céu aberto, na Praça do Arsenal, o público pode conferir o resultado das escavações arqueológicas. Lá, descobre-se que o Recife já foi uma cidade sitiada, protegida por portas com chave e arcos, cuja entrada era controlada por pessoas de comando.

Na Rua Marquês de Olinda, durante a Caminhada, pode-se constatar as influências francesas e inglesas. O estilo arquitetônico é eclético, tendo sido empregado durante a modernização do Recife, no século 19, período em que houve a abertura dos portos e a vinda de investidores europeus.

Outra curiosidade é que a Rua da Moeda já abrigou, em 1645, uma Casa da Moeda, daí o seu nome. Na época, os holandeses precisavam cunhar moedas para pagar os soldados. O mais interessante é que o níquel era quadrado.

O passeio a pé acontece semanalmente aos domingos com saída da Praça do Arsenal da Marinha, a partir das 15h. Para outras informações, o público pode ligar para o telefone (81) 3355.8847.