quinta-feira, 28 de outubro de 2010

FBV faz parceria com instituição européia para pós-graduação

Entrar numa pós-graduação, depois de anos de faculdade, é a meta de muitos estudantes que querem aprimorar seus conhecimentos, fazer network e obter destaque no mercado de trabalho. E quando o assunto se trata de convênios de faculdades locais com importantes centros de estudos mundiais, o atrativo se torna ainda maior.

Desta forma, a Faculdade Boa Viagem acaba de criar um convênio com o maior instituto de design do mundo, o Centro Richerche, do Instituto Europeo di Design (CRIED). Através dessa parceria serão lançados, em 2011, os cursos de Fashion Design, Design Gráfico e Design de Interior que terão duração de 14 meses e farão parte da grade de pós-graduação da faculdade.

O público-alvo será designers, arquitetos, gráficos, moda, marketing e comunicação, publicidade, empresários, gestores, e profissionais de áreas afins que irão obter uma metodologia de ensino diferenciada focada no método do Design Estratégico, por sua vez aplicado para os diversos mercados da moda, design e comunicação.

Outros destaques desses cursos vão para o desenvolvimento das habilidades empresariais, analíticas e metodológicas, o senso crítico e a capacidade de elaborar conceitos inovadores. Porém, o foco da pós está centrado no desenvolvimento de projetos, que oferece a possibilidade de pesquisa utilizando as informações de caráter estratégico e tecnológico do sistema industrial local.

Dentro da grade dos cursos os alunos terão workshops com duração de quatro semanas que irão abordar os diversos temas dos sistemas de Moda e do Design Brasileiro e Europeu. Haverá, ainda, um Módulo Internacional, opcional, que acontece na cidade de Milão, Itália, durante a Semana da Moda Mundial (Moda In) e Salão Internacional de Moda de Milão. Visita às feiras, escolas do IED, empresas, escritórios de design, ateliês de moda, dentre outros, também fazem parte do programa.

Instituto Europeo di Design (IED)

IED é um network internacional que atua nos campos da educação e da pesquisa, nas áreas de design, moda, artes visuais e comunicação. A escola é um laboratório criativo e dinâmico. As rápidas transformações nos diversos contextos produtivos encontram resposta imediata no conteúdo dos cursos oferecidos pelo IED.
A instituição está presente na Itália – em Milão, Turim, Roma e Veneza –, na Espanha – em Madrid e Barcelona – e, desde 2005, no Brasil, em São Paulo. Os estudantes da rede internacional do IED são provenientes de mais de 90 países de todos os continentes. A diversidade cultural é uma constante que enriquece a escola. Desde o seu nascimento, em 1966, na Itália, o IED formou mais de 90 mil estudantes.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fast Fashion ganha primeiro livro no Brasil


Hoje, para estar na moda, não é mais preciso esperar meses para adquirir aquele look desfilado nas passarelas mundiais. Criada na Europa, o modelo de comercialização da moda que abastece o mercado com as novidades do mundo fashion de forma rápida é uma realidade em todos os países, inclusive no Brasil.

Para falar sobre esse fenômeno que cresce a cada dia, Enrico Cietta, consultor de moda e sócio-diretor da Diomedea - empresa italiana de pesquisa e comunicação, também presente no Brasil -, lança o livro ‘A Revolução do Fast Fashion: estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias hibridas’, pela Estação das Letras e Cores Editora. O tema, inédito em publicações do tipo no Brasil, analisa a transformação do modo de consumo do produto moda na Europa nos últimos dez anos.

De acordo com Cietta, a publicação é inspirada no grande sucesso das empresas de fast fashion do segmento atuantes na Itália, além de contar as mudanças no setor da moda na Europa. “As empresas que foram capazes de explorar a natureza híbrida dos produtos de moda, mudando o modelo de negócio e a organização criativa, produtiva e distributiva, tem tido grande sucesso”, analisa. De acordo com ele, o fast fashion não é apenas um negócio de copiadoras e nem um modelo de produção para segmentos de baixo escalão. É um setor onde o tempo é um bem escasso, e existe uma complexa estratégia de organização que reúne várias áreas de uma mesma empresa.

O modelo fast fashion não é como normalmente se acredita, como sendo um modo para vender produtos de baixo valor agregado e com pouca criatividade. Trata-se, na verdade, de um exemplo que revoluciona a tradicional maneira de apresentar as coleções sazonais, com um ciclo contínuo e criativo. "Neste negócio, velocidade é apenas um dos vários elementos de sucesso, porque, acima de tudo, o que determina o êxito é a gerência da cadeia de criatividade”, afirma Cietta.

Em todo o mundo, muitas companhias focadas neste nicho de mercado contam com "caçadores de tendência", profissionais que estão sempre alerta nos principais acontecimentos mundiais, inclusive o que as pessoas - celebridades, anônimos, profissionais de moda – vestem. Com isso, o mercado pode investir em mini-coleções que podem ser produzidas para atender as solicitações do mercado o mais rápido possível.

Na Itália, o volume de negócios movimentado pelo fast fashion é de € 5 bilhões. “Uma grande parte da atenção é dada ao seu mercado alvo, a rotação de produtos durante a temporada, a política da marca e, como consequência de definição, de um estilo próprio, que segue as tendências da temporada de vendas”, diz o consultor de moda. De acordo com ele, as coleções são atualizadas constantemente, muitas vezes uma vez por semana, ou a cada 15 dias. “Essa rapidez nas trocas das peças expostas para venda faz com que os consumidores sempre tenham algo novo nas lojas para adquirir, voltando com frequência nos estabelecimentos”, afirma.

No Brasil não há estudos específicos sobre a movimentação deste modelo, mas sabe-se que o faturamento da cadeia têxtil e de confecção no país é de US$ 45 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). “O fast fashion no Brasil ainda é um movimento recente, mas com a internacionalização da moda brasileira, o modelo de negócio no país vem aprimorando e se tornando cada vez mais importante”, conclui Cietta.


A Revolução do Fast Fashion: estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas

Publicação: Estação das Letras e Cores Editora
Formato: 16x23 cm
Estrutura: 264 páginas
Preço sugerido: R$ 52,00

sábado, 9 de outubro de 2010

Entrevista – Wanessa Camargo








Por Mayra Salsa e Bruno Souto Maior

Wanessa completa 10 anos de carreira com o título de a nova diva GLS do Brasil. E não é por acaso. Nos diversos shows que tem realizado em boates gay Brasil afora, todos com casa lotada, ela canta desde seus próprios sucessos até os clássicos de Michael Jackson, Madonna, Lady Gaga, até Britney Spears. Com essa performance, tem levado as bees à loucura. A reportagem da ViaG conversou com a cantora sobre a sua trajetória, o universo gay e outras coisitas mais.

Entrevista publicada na edição 12 (setembro de 2010) da Revista Via G. Para quem não conhece, a Via G, de São Paulo, é uma revista de turismo voltada para o publico GLS, que completa dois aninhos no próximo mês de novembro.


Sua carreira começou oficialmente no ano 2000, após ter morado nos Estados Unidos. De que maneira essa experiência influenciou na sua formação artística?

Na época em que morei fora, tive contato com outra cultura, outra língua, o que muito me enriqueceu. Também conheci bastante a música americana, o R&B, Hip Hop e Pop Music. Com certeza, toda essa bagagem influenciou minha carreira. Consigo cantar músicas em inglês com bastante facilidade.

Fazendo uma avaliação de sua trajetória, chegou onde queria?

Tenho muito orgulho da minha carreira e de tudo que conquistei. Batalhei, estudei muito para me aperfeiçoar, e claro, tive o apoio dos meus fãs. Estou muito feliz, mas acho que sempre temos mais para aprender e crescer profissionalmente.

Quais são os astros da cena pop americana em quem você se inspirou?

Ah! Michael Jackson, Beyoncé, Madonna, Lady Gaga, Kelly Rowland. Tem mais, mas esses são os melhores para mim.

No passado, você falava demais e às vezes caia nas armadilhas da mídia. Como conseguiu passar a limpo os excessos?

Com o tempo aprendi a lidar com a mídia. Antes, era muito ingênua, não sabia que as pessoas podiam ser maldosas e transformar aquilo que falava em algo negativo. Agora tento evitar falar da minha vida pessoal e focar em minha carreira. Críticas vão sempre existir. Fazem parte de quem tem uma carreira pública.

Muitas reviravoltas no visual e no estilo musical marcaram sua carreira nesses dez anos. Qual a razão delas? Algo te incomodava?

Acho que as mudanças são importantes, principalmente em uma carreira artística. É preciso sempre trazer novidades ao público. Mas, as mudanças também têm que ocorrer de acordo com a fase em que está vivendo. Neste meu último CD, “Meu Momento”, resolvi investir em um estilo mais pop e diferente do que vinha fazendo. Consequentemente, isso pediu um novo visual, me senti preparada para mudar.

Como é ser agenciada pelo marido? Até que ponto o âmbito pessoal acaba interferindo no profissional?

O Marcus (Buaiz) já me conhece, sabe o que eu quero e como quero, acho que por isso a parceira profissional entre nós dá certo. Sabemos separar o profissional e o pessoal muito bem, por isso não temos problemas.

Sua performance no palco demonstra um verdadeiro furacão. Você se acha um símbolo sexual?

Não me considero um símbolo sexual, mas quando eu quero, consigo me transformar em um, principalmente quando estou no palco, que é um momento de entrega absoluta.

Como você vê o título de a nova diva dos gays? Como é sua relação com eles?

Sempre me dei muito bem com o público GLS, assim como me relaciono bem com todos meus fãs. Há uma troca de carinho e respeito. Gays geralmente têm excelente gosto e são exigentes. Acho que ultimamente, devido às minhas músicas mais pop, mais dance, consegui conquistar mais este público. Não foi algo planejado, simplesmente aconteceu. Para mim, não importa raça ou a orientação sexual dos meus fãs. Quanto mais pessoas gostarem da minha música e do resultado do meu trabalho, ficarei mais feliz.

Você participou da Parada Gay de Florianópolis este ano. Como foi fazer parte dessa manifestação?

Foi muito importante, sou a favor da liberdade e da diversidade, o público de Florianópolis me recebeu com um carinho enorme.

É a favor da união civil gay?

Sou totalmente a favor. Assim como em diversos países do mundo, acredito que, em breve, a lei será aprovada no Brasil. Tenho acompanhado no noticiário várias situações que acabam constrangendo as pessoas que são cidadãs, independentemente de sua sexualidade. É uma questão de cidadania.

Você acredita que, se a mídia explorar mais o assunto, em breve o Brasil aprovará a união, assim como aconteceu na Argentina?

Não diria explorar, mas sim, informar à população. O termo “casamento gay” acaba confundindo a população que pensa na cerimônia de casamento mesmo, de véu e grinalda. A união civil nada mais é que a formalização de uma união estável. A Lei no Brasil será um grande passo para a democracia e cidadania em nosso país. Estou na torcida para que isso aconteça o mais rápido possível.


Quais são seus destinos preferidos quando está de férias?


Nova York e Itália.

Em suas viagens ao exterior, você percebe alguma diferença sócio-cultural em relação ao segmento gay? Acha que a sociedade lá fora é mais tolerante do que no Brasil?

Muitas coisas mudaram no Brasil, mas estamos caminhando contra a intolerância. A TV abriu espaço e aos poucos vamos deixar esse conservadorismo de lado. Também há revistas de excelente qualidade e menos apelativas voltadas ao público GLS. É um segmento interessante para o mercado publicitário e pouco trabalhado no Brasil. Os gays são consumidores em potencial.

Qual destino turístico você indicaria para os nossos leitores?

Acho fundamental você conhecer o seu próprio País. O nordeste brasileiro tem praias lindas e paisagens fantásticas. Já no exterior, gosto do agito e da variedade cultural de Nova York.

O show realizado no Citibank Hall (SP), no dia 11 de setembro, representa o início das comemorações dos seus 10 anos de carreira? O que mais os seus fãs podem aguardar como novidade?

O show do Citibank foi para lançamento de quatro novas músicas de meu repertório mais
recente, como “Falling for U” (trilha sonora da novela “Ti Ti Ti”), “Worth It”, ‘Stuck on Repeat” e “Party Line”, através do “music-ticket”, que dá a oportunidade das pessoas baixarem as músicas com ótima qualidade. Por coincidência, celebro 10 anos de carreira no próximo mês de outubro e agradeço imensamente a todos que fazem ou fizeram parte dessa história.


Qual a previsão da gravação do seu novo DVD e onde você pretende gravar?


Sobre a gravação do DVD, eu e minha equipe nos reuniremos para discutir os detalhes finais sobre data e local para gravação, mas nada foi definido ainda, mas garanto que será de ótima qualidade, como o meu público merece.