terça-feira, 29 de junho de 2010

Uma paixão chamada vôlei




Há um ditado popular que diz: por trás de um grande homem, existe uma grande mulher. Essa expressão pode ser facilmente adaptada ao time de vôlei feminino Ana Ferragens, composto pelas funcionárias da Ana Ferragens & Madeiras, empresa recifense, que desde 2001, atua na fabricação de esquadrias, escadas, decks, pergolados e cobertas. A empresária Ana Bivar é a grande mulher por trás do sucesso das dez mulheres que integram a equipe de vôlei que leva o nome da sua empresa.

Com seis anos de formação, o time, que participa dos Jogos Industriais do Serviço Social (Sesi), já conquistou importantes títulos: é hexacampeão nordestino e estadual, campeão nacional (2010), terceiro lugar da etapa nacional (2008) e segundo lugar nacional (2006). No momento, as meninas estão em ritmo intenso de treinamento para a etapa mundial dos Jogos dos Trabalhadores, que será realizada no próximo mês de julho, na Estônia.

Não é de hoje que a paixão pelo vôlei faz parte da vida de Ana Bivar. A empresária já foi atleta da modalidade esportiva, tendo jogado em países como a Áustria, Portugal e Bulgária. Como na empresa em que trabalhou antes de fundar a Ana Ferragens, havia um time de vôlei com as funcionárias, do qual ela participou, acabou copiando a ideia. “Quis continuar aqui”, conta. “Utilizar o esporte como ferramenta de relacionamento entre as funcionárias é muito benéfico. Com o esporte, há mais motivação para o trabalho, o clima entre elas é maravilhoso, além da união e alegria promovidas”, destaca.

Para conseguir conciliar o trabalho e o time, as meninas precisam realizar verdadeiros “malabarismos”, sem contar com as aulas da faculdade, pois todas estudam à noite, o que representa outra dificuldade, já que os treinamentos acontecem as terças e quintas, também à noite, na quadra do Sport, sob a tutela do treinador Rogério Freire, da Faculdade Boa Viagem. “Temos que faltar as aulas nos dias de treino e tudo acaba ficando muito sobrecarregado”, atesta Tatiana do Monte Guimarães, 33 anos, a atacante de ponta do time.

Segundo a atleta, o esporte trouxe muitos benefícios para ela, que joga vôlei desde os 15 anos de idade. “O vôlei me proporcionou conhecer outros lugares, um trabalho com carteira assinada e uma bolsa de estudos na faculdade (Tatiana está no 5º período de Administração). Não sei quando eu teria essas oportunidades na vida”, diz, acrescentando que a “integração da equipe torna mais unidas as funcionárias e até a dona da empresa, que também atua no time, quebrando a barreira que pode existir entre o patrão e o empregado”, diz.

Uma das prioridades de Ana quando contrata uma funcionária é que ela tenha experiência na função a ser desenvolvida e que saiba jogar vôlei. As meninas atuam na parte administrativa e de vendas da empresa. Como são bolsistas das faculdades em que estudam, além de atuar pelo time Ana Ferragens, elas também são atletas universitárias. “Não pode chocar o horário dos times. A preferência delas é aqui”, diz Ana, com certeza a maior incentivadora dessa equipe vitoriosa que a enche de orgulho.

Música pernambucana em sintonia com o público


Agora a produção musical pernambucana tem onde desaguar: direto nos ouvidos de quem sintoniza o Programa Estuário! De segunda a sexta, às 13h, na Rádio Folha 96,7 FM, a vida da produção musical independente de Pernambuco finalmente vai ter seu merecido espaço.

Faz tempo que a música produzida em nosso estado é a mais respeitada do Brasil e tem alcance internacional. A riqueza da produção cultural de Pernambuco – em especial a musical – há muito é motivo de orgulho para toda a população. Shows lotados, discos aclamados e todo um circuito de bandas, cantores e compositores seguidos por um público fiel atestam a qualidade e a identificação do público pernambucano com essa arte produzida em larga escala.

Mas quem anda na cidade do Recife com seu rádio ligado dificilmente sente-se em casa. Quase não se escuta essa vívida produção, deixando toda uma forte cena musical sem espaço para amplificar sua obra, e um enorme público – que vai aos shows, compra os discos ou baixa na internet – sem opção no dial para ouvir suas bandas favoritas. O Programa Estuário é um horário dedicado a essa música e ao seu público. Com uma linguagem atual e identificada com o ouvinte, o programa toca música pernambucana de qualidade, traz notícias sobre a cultura do estado, cobertura de eventos e entrevistas.

Serviço:
Programa Estuário – Estreia dia 5 de julho

Rádio Folha - FM 96,7
Seg a sex, das 13h às 14h
Apresentação e produção:
Felipe Mendes - 8845.2129
Geison Costa – 8553.6740
programaestuario@gmail.com

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Arquitetura e Fotografia



No último dia 16 de junho, os arquitetos pernambucanos tiveram um encontro com o renomado fotógrafo Tuca Reinés, no JCPM Trade Center. Na ocasião, o profissional abordou a inspiração arquitetônica para a composição das imagens, com um olhar que transcende a obra. Com o tema “O Encontro das Artes. Onde a Arquitetura vira modelo para a Fotografia”, a palestra integrou o terceiro ano do Ciclo de Palestras da marca Docol Metais Sanitários, um road show direcionado a especificadores de todo o Brasil, ligados ao setor da construção (arquiteto, designer, decorador e engenheiro civil), realizado em parceria com a loja Ferreira Costa.

Durante o evento, Tuca Reinés abordou a importância da fotografia para o escritório de arquitetura, orientando o profissional sobre os procedimentos editoriais necessários para desenvolver seu próprio portfólio. Já a discussão da relação entre fotografia e arquitetura permeou o campo das artes, dando abertura para as perguntas dos convidados. O fotógrafo também enfatizou a harmonia nos projetos de ambientação, quanto ao uso de fotografias, junto a quadros. A seguir, algumas dicas proferidas por Tuca na ocasião:

- “Nem todas as imagens de projetos publicadas nas revistas especializadas em arquitetura e decoração, foram especialmente produzidas por elas. Muitas vezes, os escritórios de arquitetura já têm as fotografias prontas. As revistas procuram os escritórios, em busca de bons projetos. Elas não saem à procura de projetos aleatoriamente.”

- “A arquitetura é diferente da moda, no sentido de que não é possível ‘deslocar’ o trabalho para uma exposição. Você não pode pegar um projeto e levar para os lugares para mostrar, como se faz com uma peça de roupa. Por isso, a necessidade e a importância de realizar produções fotográficas de qualidade, de forma que valorize o projeto.”

- “Ao executar projetos ousados, é ideal arquivar as imagens desses trabalhos, de forma que a história de cada um possa ser contada, sem o apoio de texto. Uma dica é fotografar os projetos no momento em que eles ficam prontos.”

Tuca Reinés
Arquiteto por formação e fotógrafo por inspiração, Tuca mistura constantemente as duas artes. Além de colecionar prêmios na área de fotografia, seus trabalhos fotográficos são reconhecidos ao redor do mundo, mesmo caminho que tem tomado seus livros, editados no Brasil e no exterior. Entre suas obras, estão “O azulejo na Arquitetura Civil de Pernambuco – Século XlX”, “Hotel Book Great Escapes South America” e “Oscar Niemeyer”. Tuca Reinés também colabora com as revistas Vogue e Casa Vogue, há 30 anos.
www.tucareines.com.br

terça-feira, 22 de junho de 2010

Viva o São João !!!


Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de “Festa Joanina”, especialmente em homenagem a São João. O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.

A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor de crioula. Mas, não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza europeia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses.

A dança de fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha. Para os católicos, a fogueira, que é o maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.

No Nordeste do país, existe uma tradição que manda os festeiros visitarem em grupos, todas as casas onde sejam bem-vindos, levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.

Início da Festa

Os escritos antigos dizem que Nossa Senhora e Santa Isabel eram muito amigas. Por esse motivo, costumavam visitar-se com frequência, afinal de contas, amigos de verdade costumam conversar bastante. Um dia, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora para contar uma novidade: estava esperando um bebê, ao qual ela daria o nome de João Batista. Mas naquele tempo, sem muitas opções de comunicação, Nossa Senhora queria saber de que forma seria informada sobre o nascimento do pequeno João Batista. Não havia correio, telefone, muito menos internet e e-mails.

Sendo assim, Santa Isabel combinou que acenderia uma fogueira bem grande, que pudesse ser vista à distância. Combinou com Nossa Senhora que mandaria erguer um grande mastro com uma boneca sobre ele. O tempo passou e, do jeitinho que combinaram, Santa Isabel fez. Lá de longe Nossa Senhora avistou o sinal de fumaça, logo depois viu as labaredas que subiam e desciam. Ela sorriu e compreendeu a mensagem. Foi visitar a amiga e a encontrou com um belo bebê nos braços. Era dia 24 de junho. Começou, assim, a ser festejado São João com mastro, fogueira e outras coisas bonitas como: foguetes, danças e muito mais.