segunda-feira, 27 de junho de 2011

Zezé di Camargo e Luciano na noite de São João de Limoeiro-PE






Zezé di Camargo tentando entender os pedidos de música

Uma noite após a apresentação de Fábio Jr., a cidade de Limoeiro, no agreste pernambucano, já não aguentava mais esperar pelo show da dupla Zezé di Camargo e Luciano, no dia 24 de junho. Desde o início da noite, a aglomeração de pessoas na grade que separa a área do frontstage do público, já era intensa.

O show dos meninos de Góias levou milhares de pessoas à cidade, vindas das redondezas, municípios vizinhos, da capital e até de outros estados, como a Paraíba. Integrantes de um fã-clube do estado vizinho, além de outros de Pernambuco também estavam marcando presença. Resumindo a história: era tanta gente reunida na Praça da Bandeira, que podemos afirmar, que Limoeiro nunca tinha tido um show daquele jeito.

No fim da primeira música, Zezé di Camargo ao ver aquela multidão animada perguntou se eles já tinham estado na cidade antes. Ao ouvir um sonoro “nãoooo”, disparou um “Puta que Pariu!!” impressionado. “Demoramos 20 anos para fazer show aqui, espero que vocês gostem. Sei que tem pessoas presentes que já foram para nossos shows em outras cidades. Essa devoção é muito importante para nós”, declarou.

  


Sempre no intervalo de uma música para outra, podiam ser ouvidos gritos de pedidos de música. Um garoto que estava no frontstage (além da Imprensa, a área foi ocupada pelos fãs-clubes e alguns outros Vip’s) pediu para Zezé cantar Bella Senz. “Nossa, faz dois anos que não canto essa música, me ajuda, gente”.

Enquanto seu irmão mandava ver no gogó, Luciano procurava interagir com o público. De instante em instante, recebia presentes, dava autógrafos, tirava fotos do público através de um celular (uma das fotos foi publicada no twitter da dupla - @zcloficial. Veja abaixo). Ele até trocou sua camisa por uma recebida de uma fã naquele show. Zezé também interagia, mas bem menos que Luciano. O que faz alguns pensarem: “Luciano é mais simpático”.
Cabe a Luciano interagir mesmo durante a apresentação, já que faz a segunda voz da dupla. Ficar parado é que não pode, né? A ele couberam algumas canções sozinho - músicas dançantes que fazem a galera se levantar, como “Anjo” e “Do seu lado”, gravada por Jota Quest. Lá pelas tantas do show, Zezé bastante animado falou: “Vamos deixar a programação de lado, podem pedir a música que quiserem, que vamos atender”. O povo fez a festa, pedindo algumas pérolas do vasto repertório dos irmãos.

Já próximo do término do show, o prefeito de Limoeiro Ricardo Teobaldo (PSDB) subiu ao palco para conversar com a dupla e dar o seu recado. “O povo pedia muito a presença de vocês. Em outras cidades próximas (Caruaru, Carpina e Surubim), o público teve que pagar para ver vocês. Aqui, é na rua, de graça”, professou o prefeito, que perante o povo, pediu mais meia hora de show aos irmãos-cantores. Ele teve seu pedido aceito. O público é que aproveitou!

Já nos minutos finais da apresentação eu consegui entregar um bilhete a Zezé. Nele estava escrito: “Parabéns Vovô! Wanessinha linda, grávida”. O sorriso dele foi de canto a canto das orelhas. E ainda disse: Eu amo Wanessa! Foi ai que o homem ficou feliz e fez altos sinais de positivo para mim. (Risos). Sabendo da gravidez da Wanessa e estando junto ao pai dela, eu tinha que me manifestar, né? A notícia da gravidez foi confirmada pela mesma, no mesmo dia do show de Limoeiro. A notícia está quentíssima!








Prefeito de Limoeiro no palco com Zezé e Luciano

Twitter - Galera de Limoeiro/PE, obrigado pela noite linda
q vcs nos deram, amamos cantar com vcs. Valeu!!!!!!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fábio Jr. anima São João de Limoeiro-PE










Na tentativa de atrair os holofotes da mídia e ficar “bem na fita” com a população, o atual poder executivo da minha terra natal, Limoeiro, no agreste pernambucano, desde o ano passado, investe nos festejos juninos, ao trazer atrações musicais de abrangência nacional para o município. Ano passado, a cidade recebeu o cantor sertanejo Leonardo e a banda de axé Parangolé.

Temos que convir que para uma cidade de interior receber cantores de grande porte no meio da rua, de grátis, não é algo corriqueiro. Algumas little cities já foram palco para grandes shows e Limoeiro não poderia ficar de fora. Possível crítica ao prefeito Ricardo Teobaldo (PSDB) à parte, pontos para ele. O povo merece, né? É uma excelente oportunidade para ver in loco os amados artistas, aqueles que vivem na telinha da TV e nas ondas do rádio. Muitos não têm condições de se descolar até o Recife, por exemplo, para tal. Aproveita galera!

O escolhido para animar a noite de São João, ontem, foi o eterno galã romântico Fábio Jr. Muitos falaram: o que ele tem a ver com a época junina? (Essa questão, o próprio respondeu na entrevista com os jornalistas, antes do show – Leia Abaixo). À 00:20, ele surgiu no palco entoando a música “Epitáfio”, dos Titãs, e em seguida, saudou o público desejando boas vibrações para todos.

O repertório do show que durou uma hora e meia misturou alguns sucessos de sua carreira com músicas do último CD “Íntimo”, lançado há dois meses. O álbum reúne novas roupagens de canções gravadas por artistas, como Roberto Carlos, Djavan, Jota Quest, Raul Seixas, entre outros. São músicas que o Fábio gosta de ouvir, segundo informou a produção do cantor. O show seguiu um ritmo morno. As releituras não empolgaram muito o público, que se animava quando ele entoava os seus bons e velhos sucessos como “Alma Gêmea”, “Quando Gira o Mundo” e “Caça e Caçador”.

Quem se divertiu mesmo foi a turma do gargarejo do palco, boa parte formada pelo mulherio de fãs, que tinha na ponta da língua as letras das músicas e volta e meia gritava: “Lindoooo!!”. Mesmo com 57 anos e quase 40 anos de carreira nos palcos e na TV, Fábio Jr. ainda mantém a aura do eterno galã, que o próprio reforça na sua performance no palco, quando faz olhares e gestos sedutores para suas fãs, que ficam babado por ele e até mesmo quando escolhe algumas delas para subirem ao palco e dançarem agarradinho com ele. Em Limoeiro, foram duas contempladas que além de dançarem com ele, ganharam um selinho. O público foi ao delírio. A dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, que se apresentará hoje à noite está sendo mais do que aguardada. Não se fala de outra coisa na cidade.


Bate papo com Fábio Jr.

Antes do show, os jornalistas realizaram uma rápida entrevista com o cantor. Confira abaixo.

Como é para você fazer um show na noite de São João?
Compartilho a frase do mestre Milton Nascimento: Todo o artista tem de ir aonde o povo está. É um privilégio para mim fazer um show aqui. Amo o que faço, sonho desde os 10 anos em estar no palco.

Atuação nas telenovelas. Algum novo projeto em vista?
Não, as parcerias de novela eu as deixo para meu filho Filipe (o cantor Fiuk).

Existe mesmo o falado Beijo Técnico?
Existe sim, mas só até a “página 3” (risos).

Você ‘facilitou’ de alguma forma a carreira de seus filhos na TV?
O que aconteceu com a Cléo e o Filipe é mérito deles. Eu nunca intervi com algum conhecido para colocarem eles nesta parada.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Leve sem Pagar

Entrar em uma loja, escolher alguns produtos e sair sem pagar. Ao menos 10 mil pessoas já fazem isso em São Paulo. São os sócios do Clube Amostra Grátis, loja localizada na Vila Madalena. A dinâmica é simples, as pessoas se cadastram no site (http://www.clubeamostragratis.com.br/), pagam uma anuidade de R$ 50 e podem retirar cinco produtos por mês na loja. Em contrapartida, têm de responder a um questionário de avaliação. Sem esse feedback, não existe uma segunda compra. Nas prateleiras, produtos de alimentação, higiene, beleza e até revistas.

Com uma dinâmica parecida, está a Sample Central, na Rua Augusta, número 2074 (http://www.samplecentral.com.br/). A anuidade, no valor de R$ 15, permite que os sócios retirem produtos de até R$ 100. Na Sample, as visitas deverão ser agendadas. Uma vez na loja, o consumidor fará sua “compra” e poderá experimentar outros produtos, como equipamentos eletrônicos. A Sample Central reúne o melhor das tendências e novidades do mercado. Tá sem grana? Consuma assim mesmo.

Fonte: Jornal MTV

segunda-feira, 20 de junho de 2011

XII Fenearte começa no próximo dia 1º de julho

É na literatura de Cordel que a XII Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) se inspira e anuncia sua chegada. Artesãos de Pernambuco, do Brasil e de 35 países (incluindo a participação inédita de representantes da Ucrânia, Austrália e Jordânia) se preparam para mais uma edição da maior Feira do segmento da América Latina. De 01 a 10 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, arte, cultura, gastronomia, decoração, moda e música se unem para apresentar a diversidade de seus estilos e tradições em mais de 800 espaços, numa área de 29 mil m².

O artesanato, expressão mais genuína da autenticidade popular, é o personagem principal do evento que promete encantar um público esperado de 270 mil pessoas, durante os seus dez dias. Com mais de 5 mil expositores e investimentos de R$ 3,5 milhões, a estimativa é movimentar R$ 28 milhões em negócios.

Além de todos os artefatos disponíveis nos vários estandes, há também várias opções para o público se entreter. No mezanino, estão boa parte delas. Vale a pena e muito subir as escadas e conferir in loco. A série de oficinas gratuitas é um bom começo. O público poderá conferir os processos de criação de xilogravura com J. Borges e seu filho Pablo J. Borges, a arte das máscaras dos papangus em papel colê com Lula e Lulinha Vassoreiro, a costura das Bruxinhas de Pano com Maria das Graças e a estamparia de tecidos com representantes do Programa de Formação do Jovem Artesão, organizado pelo Museu do Homem do Nordeste.

Também haverá uma oficina de reciclados com foco na sustentabilidade que ofertará aula de brinquedos fitoterápicos em dias alternados. Assim como no ano passado, o espaço de moda da Feira, contará com desfiles assinados por fashion designers pernambucanos, além de alunos dos cursos de moda e estilismo do Estado. Cordelistas clássicos de Pernambuco serviram de inspiração para as coleções que serão apresentadas pelos estudantes. Ainda há toda uma programação de música e dança, na Praça de Eventos Marinês, em todos os dias do evento.

Serviço:

XII Fenarte
De 01 a 10 de julho
Centro de Convenções de Pernambuco
Dias 02,04,05,06 e 07: das 14h às 22h
Dias 03, 08, 09 e 10: das 10h às 22h
Ingresso: R$ 6,00 (dias de semana) e R$ 8,00 (sábados e domingos)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jornalismo de Revista em Livro

Eu não sei de vocês, caros leitores, mas eu, quando assisto a um bom filme ou leio um bom livro, fico extasiado, feliz e com a sensação de que aprendi algo bacana, que acrescentou à minha vida. Assim, fiquei quando terminei de ler o livro “A Arte de Editar Revistas” (Companhia Editora Nacional), da jornalista Fátima Ali. Trata-se de um guia para jornalistas, diretores de arte, editores e estudantes – muito, mas muito bom!!! Possível exagero à parte, o estudo do livro vale como um curso de extensão em jornalismo de revista. Quem é jornalista e ama revistas (fazer, ler e apreciar) como eu, sabe do que estou falando. Em visita ao escritório da minha colega blogueira Camila Coutinho (garotasestupidas.com), me deparei com a obra e enlouqueci!!!

De acordo com a autora, o livro trata de conceitos básicos, que em grande parte, podem ser adaptados para qualquer tipo de revista. Mas seu foco é o de revistas comerciais dirigidas ao grande público. Como poucas exceções, os exemplos – tanto de conceito, como os visuais, apresentados são de revistas americanas. Isso porque foi nos Estados Unidos, que a revista comercial moderna foi criada e onde foram desenvolvidas as bases que utilizamos hoje.

“Não tenho pretensão nenhuma de ensinar nada, mas apenas transmitir o que aprendi e funcionou ao longo da minha experiência. E, se possível, passar um pouco do meu entusiasmo por revistas e motivar você a encontrar seus próprios caminhos para fazê-las cada vez melhor. E por último, mas não menos importante, divertir-se!”, escreve a jornalista na introdução da obra.

Fátima Ali tem mais de trinta anos de experiência na criação, direção e edição de revistas. Foi diretora de redação e Publisher de várias delas, entre as quais a Nova, em que foi diretora-fundadora; diretora editorial de Nova Escola, que durante sua gestão saltou de uma circulação de 150 mil para 700 mil exemplares mensais. Desenvolveu o projeto da edição brasileira da revista Estilo; criou o primeiro CD-ROM brasileiro, o Almanaque Abril. Foi ainda diretora-fundadora da MTV Brasil e vice-presidente do Grupo Abril.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Homem-À-Porter


Conversas acaloradas de mulheres em torno das mulheres em torno das últimas aquisições on-line de cada uma, como que numa competição para conferir quem fez o mais perfeito negócio conseguindo o item da hora pelo melhor preço, são comuns. O fenômeno de vendas pela internet deve muito de seu sucesso não só à incessante procura delas mas também à crescente oferta de artigos de luxos femininos.

Pois, se você, caro leitor do sexo masculino, gosta de moda e sente uma pontinha de inveja das suas amigas quando pesquisa a próxima compra, pode respirar aliviado. O site Mr Porter (mrporter.com) é uma nova loja on-line de vestuário masculino, derivado da potência chamada Net-A-Porter, hit de moda virtual feminina que, há mais de uma década, leva grifes de ponta e itens saídos diretamente das passarelas até a porta de mais de mil clientes por dia.

Embora a versão feminina tenha expandido o mundo da moda com sua ampla gama de opções, Mr Porter quer ser diferente, minimizando a oferta e escolhendo a dedo o que há de mais fino. Jeremy Langmead, ex-diretor da revista Esquire, agora à frente do Mr Porter, conta que “eles não se incomodam em pagar desde que tenham certeza de que estão comprando a coisa certa. Nós adoramos ter produtos que acreditamos não estar em lugar nenhum. A origem, a história, o trabalho manual, os homens gostam desses pequenos detalhes.”

Antes de chegar às roupas e finalizar a compra, o cliente passa por uma verdadeira imersão fashion, com dicas de como se vestir igual aos ícones de estilo, um catálogo de exemplos, manuais explicativos, indicações das peças essenciais para ter no closet e informações sobre a história das roupas. “Quando oferecemos alguma coisa, acreditamos nela, de modo que é nosso dever explicar por que acreditamos”, diz.

As encomendas do Net-A-Porter são famosas por chegar numa caixa preta resistente, embalada com uma bela fita e cheia de glamur. Será que podemos esperar algo mais masculino de Mr Porter? Langmead esclarece: “Os produtos vêm em uma caixa branca, simples. Com uma logo do M P.”

Fonte: Stuart Mcgurk (Revista GQ Brasil – abril de 2010)

terça-feira, 14 de junho de 2011

São Paulo Fashion Week, 15 anos influenciando o jornalismo de moda brasileiro

O penteado era simples: altos e singelos rabos de cavalo. Apenas uma equipe era responsável pelo cabelo e maquiagem das magras e jovens modelos que caminhavam sobre as passarelas durante os poucos desfiles do dia. Após o primeiro, o penteado seria desfeito e os cabelos soltos seriam a moldura para os rostos das garotas que, em pouco tempo e sem descanso, já vestiam roupas de outro estilista.

Quinze anos depois, o cenário é bem diferente. Mais de 350 modelos por edição e cerca de 3 mil pessoas envolvidas na produção tornam possível o maior evento de moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week. No início, uma pequena sala de imprensa abrigava seis computadores e não se falava muito sobre o evento.

Atualmente, cerca de 2,5 mil jornalistas de credenciam para cobrir cada uma das edições anuais do SPFW e a expressão da cobertura é enorme, assim como a movimentação econômica. Em 15 anos, foram R$ 300 milhões investidos diretamente no evento. O rebuliço – empresarial, econômico, de mídia e de público – do SPFW perde no Brasil, apenas para eventos esportivos e automobilísticos.

Responsável por mudanças em diversos setores, o SPFW influenciou muito também o jornalismo. A jornalista e diretora de comunicação e de relações corporativas do evento desde 2000, Graça Cabral, conta que desde o início, havia uma preocupação em trabalhar o evento com os jornalistas e tentar emplacar a semana de moda em diversas editorias, trabalhando pautas com diferentes análises, saindo dos suplementos femininos. “Hoje, acho que a gente preenche a grade inteira. Sempre tem algum tipo de matéria e de abordagem sobre o evento. Sempre faz parte da nossa intenção trabalhar a ampliação de pautas, ampliação de olhares da mídia”, diz.

Topo - A brasileira Gisele Bündchen há mais de dez anos
lidera a primeira posição entre as modelos mais bem
pagas of the world

De fato, hoje, o assunto é contemplado por diversos veículos e alguns priorizam boa parte de sua grade ao tema, realizando uma abordagem múltipla do assunto. Destacam-se os canais por assinatura GNT e Fashion TV Brasil – cuja programação se expande para além da moda, por meio de programas sobre comportamento, música, cultura urbana e outras formas de arte.

O SPFW mostrou que é possível colocar a moda em muitas pautas. Graça acredita que se encaixa até nos cadernos de tecnologia, “porque o evento está sempre falando de inovação. Ele tem esse caráter. A primeira pergunta que ela fez foi ‘por que não?’. Por que não fazer? É uma forma de pensar. Você tira os bloqueios, os limites, você abre fronteiras”, diz.

Essa ideia aventureira impregna a semana de moda. Ela foi pioneira, ousou em muitos quesitos, realizou desfiles em locais inusitados como o rio Tietê, trouxe exposições e música ao vivo para o evento, abrigou desfiles memoráveis como o do japonês Jum Nakao, que fez uma coleção inteira de roupas de papel, rasgadas no fim do desfile. “Eles são o palco e cada um foi mostrar a sua arte. Eles abriram uma estrada e essa estrada foi mostrada para todo mundo e chegou a todo mundo”, define Pedro Gorski, diretor de documentários da Spray Filmes (“SPFW, Identidade Brasileira e Cultura de Moda”, “Modelos que Surgiram / Desfilaram”, e “SPFW e Futuro”).

A julgar pelos 15 anos iniciais, os próximos 15 certamente trarão mais novidades e consolidarão todos os conceitos que o SPFW já levantou. “Acho que mudou o que se comunica, pois antes tinha essa intenção de transformar, mas é visível como conseguiu e como os editores e veículos passaram a ver essa relação. A transformação vem quando você consegue posicionar a moda de um modo diferente, como esse olhar mais amplo e pode trazer um posicionamento do país”, comemora Graça.
Fonte: Ana Ignacio (Revista Imprensa – maio de 2011)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Roteiro Fashion&Style em Milão

A Revista ClassCasa, na qual este mero jornalista que escreve, é repórter, publicou na edição 27 (março de 2011), na seção ClassViagem, um roteiro de Milão, na Itália. A matéria é assinada pelo arquiteto pernambucano Diogo Viana, que em temporada recente de estudos por lá, garimpou lugares super bacanas. Gostei tanto, que resolvi publicar aqui. Quem estiver pensando em ir a Milão, as dicas são super válidas! Ah, os clicks também são by Diogo Viana.


Roteiro de Viagem OFFside Milão

A proposta do meu roteiro de viagem é tentar sair dos locais mais visitados de Milão, para quem já conhece a Catedral Duomo, os museus, as igrejas, a Província de Como, a Piazza Duomo e as famosas lojas. Acho que vale a pena, sim, sempre visitar as famosas lojas e ver o que tem de novo em design, em primeira mão, ao vivo, antes mesmo de sair nas revistas Wallpaper e Interni. Na região da Catedral Duomo, estão a La Rinascente, B&B Italia e Cassina. Já na região da Basílica de San Babila, a Artemide, Alessi, Capellini, Zara Home, Kenzo Home e Moroso. São dezenas de grifes imperdíveis.

Saindo do caríssimo circuito turístico de decoração e design, pegando um metrô ou um trem de superfície, chegamos a áreas afastadas do centro de Milão, como os bairros de Brera e Navigli. No meu roteiro, uma caça a peças vintage e novas. Muitos antiquários, brechós e lojas do circuito off em Milão. Uma proposta jovem e moderna, que termina num poderoso e famoso sorvete, antes de uma tradicional underground noite milanesa.

O Bairro de Brera, ao norte do centro de Milão, tem uma aura cosmopolita, luxuosa e artística. É uma das áreas mais simpáticas da cidade, conhecida como a “boemia de luxo” e que até hoje fascina os turistas que visitam a Itália. Brera contrasta com o luxo das tavernas, bares, cafés e mercearias, junto a casas de artesãos locais. É rodeado por numerosos edifícios do século XVIII, entre eles o Palácio de Brera, que abriga a Pinacoteca e a Academia de Belas Artes.

Também vale a pena conhecer a vida noturna de Navigle, ou, de dia, garimpar todo tipo de coisas nos antiquários e brechós ao redor dos canais Naviglio Grande, Naviglio Pavese e Darsena. A rede de canais data de 1177 e, no século XV, tinha 150 km de extensão. Leonardo da Vinci trabalhou para o local se tornar real e funcionar. Nos anos 1930, o sistema de canal, abandonado, foi quase totalmente coberto.

O que visitar:

Via Brera - lugar ideal para passear no fim de
de tarde e visitar os vários antiquários
ControBuffet - Para quem gosta de
objetos de decoração com design
moderno e divertido. A loja fica
na Via Solferino, 14.
http://www.controbuffet.it/
Galeria Robertaebasta - É um espaço cheio de estilo para
compras de antiguidades, artc deco italiana e francesa e,
móveis assinados por designers e artistas famosos como
Gaetano Pece, Irmãos Campana, Patricia Urquiola e
Charles Eames. A Galeria fica na Via Fior, 16.
http://www.robertaebasta.it/


Vintage Shop - Vende tudo que é vintage, de época mesmo: roupas, acessórios,objetos de decoração,discos... A música que toca lá é perfeita.Você pode encontrar um patins de gelo com bota de couro dos anos 1950, uma bolsa Gucci original dos anos 1970, vestidos franceses Chanel, jeans Levi’s 501 desgastados de verdade, botas Versace anos 1980 por 30 euros! Um baú Louis Vuitton antigo e original por poucos euros. O que vale a pena é garimpar e montar o seu cenário. A loja fica na Alazaia Naviglio Pavese,52.


Nipper - A loja não é só para decorar ou fazer um estilo. É para ver e comprar gramofones, telefones, rádios, frigobares, TV’s, ventiladores antigos originais... Eles funcionam perfeitamente como nos anos 1930, 1940, 1950, 1960... São vendidos a preços acessíveis e a variedade é enorme. Está localizada na Ripa di Porta Ticinese, 69. http://www.nipper.it/


PAR 5 - É uma loja de tênis vintage, novíssimos na caixa, feitos em edições especiais. Para os fashionistas, designers e formadores de opinião do mundo da moda. Segundo Diego, o dono da loja, que fala português e é brasileiro por parte de mãe, gente de Nova York encomenda sempre. Você pode encontrar uma edição antiga limitada e japonesa, dos atuais e disputados tênis Asics Onitsuka Tiger, em formato de um All Star. A loja tem linhas especiais da Adidas, Puma, Nike, e o detalhe é que são linhas exclusivas. A PAR 5 está na Corso di Porta Ticinese 22.




Restaurante Zerodue - Para terminar o dia, é um local cool e bem frequentado pelos jovens locais. Com exposições de artistas plásticos permanente e bebidas super ousadas, tem um menu contemporâneo. Tomar um tradicional café ao modo italiano e escutar o repertório musical da casa, para quem gosta de um indie e british rock, o lugar é perfeito. http://www.zeroduemilano.com/


Foto - http://www.bootb.com/

Grom - Antes de sair na noite milanesa, não deixe de provar o atual melhor sorvete de Milão, que fica na Gelateria Grom. O sorvete virou marca e já tem até fora da Itália. http://www.grom.it/


Foto - http://www.fashioncomplo.blogspot.com/
This Plastic - Comparando com a noite do Brasil, para quem gosta do Lions Night Club e do Vegas Club, em São Paulo, e da Festa Sem Loção, em Recife, a balada ideal é a This Plastic. Proposta bem parecida, música ultramoderna como Empire of the Sun, Mika, Phoenix, Hot Chip, e cai para as retrôs dos The Smiths, Depeche Mode, entre outras. A This Plastic existe desde 1980, lota as sextas, sábados e domingos, mas só entra quem o hostess achar que deve. Muitas pessoas voltam da porta. Viale Umbria, 120.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Embarque no Navio da Moda



Fazer um curso de moda e, de quebra, se divertir em um cruzeiro. Esta combinação, por meio do projeto Navio da Moda, criado pela CVC Estudantes, unidade da operadora de turismo CVC, vem fazendo muito sucesso entre os interessados pelo assunto. A próxima edição do projeto já está definida para o início de 2012, mas os pacotes já podem ser adquiridos. Na programação estão palestras, oficinas e workshops na parte da manhã. Depois das aulas, no período da tarde, os alunos podem desfrutar da estrutura do navio e, ao fim do curso, recebem um certificado.

Serviço:
Navio da Moda
3 noites / Saídas de Santos-SP / 11 a 14 de fevereiro de 2012
Roteiro: Santos / Búzios / Praia privativa CVC (Mangaratiba-RJ) / Santos
Três noites de hospedagem em cabine interna dupla com sistema “tudo incluído” (alimentação e bebidas alcoólicas e não alcoólicas).
A partir de 10 parcelas iguais de R$ 99,00. Detalhes sobre preço e programação estão no site www.cvc.com.br/estudantes. As informações também podem ser obtidas diretamente na CVC Estudantes, tel: 2858.0599 e pelo e-mail estudantes@cvc.com.br

Fonte: Mônica Kikuti - Metrô News (SP)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Entrevista – Paul Smith



Quando o assunto é assunto é moda masculina, o nome do estilista britânico Paul Smith é sinônimo de sucesso. Seu talento está na arte de reunir alguns ingredientes fundamentais: alfaiataria impecável, cartela de cores vibrantes e um estilo casual e moderno, com uma pitada de extravagância. Desde a sua primeira coleção, em 1976, Sir Paul Smith tem comemorado uma trajetória exemplar. É um homem de negócios bem sucedido: sua marca tem mais de 200 lojas espalhadas pelo mundo. Ele diz que o seu desafio está em equilibrar criatividade e finanças e sabe dosar com sabedoria a diversidade dos seus produtos. Discreto, Smith é avesso a entrevistas e a badalações. Acredita que a roupa serve para mostrar a personalidade; e o pecado, para ele, é tentar estar sempre na moda.

O que os homens procuram quando o assunto é moda e estilo?
Eles querem roupas que os tornem elegantes, bem vestidos e aceitos no meio onde trabalham. E casuais, modernos e sexy fora desse ambiente.

Qual a importância da tradição na moda masculina?
Creio que a tradição sempre teve seu lugar na moda, mas ela funciona melhor quando tem uma pegada moderna ou alternativa. Isso significa que nem sempre é necessário vestir-se pensando no clássico. Misture opostos, como uma paletó de alfaiataria com um jeans ou camiseta, e veja o resultado.

Como estilista britânico, o senhor desenvolveu uma alfaiataria rigorosa e tem uma modelagem perfeita. Foi influenciado pelo rigor do Savile Row?
Aprendi moda com a minha então namorada – e hoje minha mulher – Pauline Denyer, que era estilista. Com ela, entendi como são feitas as roupas, desde a sua construção até a proporção, escolha de tecidos, estampas. Não fiz faculdade de moda. Meu treinamento foi muito rigoroso e tradicional, mas, como eu criava só para homens, o estilo era essencialmente britânico.

O que o senhor guardou que ainda é essencial nas suas criações?
A qualidade de uma roupa e o jeito que ela é confeccionada. Isso, sim, vem da época do Savile Row.

Como explica o seu sucesso? É a sua acertada mistura de cores e estampas, a alfaiataria ou a originalidade?
É a combinação de boas idéias com uma moda que seja vendável em nossas lojas. O resto, as cores e as estampas fazem parte do estilo Paul Smith. Quanto à nossa alfaiataria, ela sempre alcançou altos níveis de excelência.
Os homens de hoje são mais conservadores ou mais ousados quando o assunto é moda?
Hoje são mais confiantes sobre o que vestem do que antes. Creio que há a mão da namorada ou da esposa nesse processo para ajudá-los a ousar.

O homem comum sabe se vestir ou ainda tem medo de seguir a moda?
Depende do país. Em alguns lugares, a gente nota que a arte de vestir é algo natural. Em outros, é mais trabalhado, pensado para não errar. Mas hoje em dia o homem se veste muito melhor do que quando comecei.

Quem são os seus consumidores? Que tipo de homem veste Paul Smith?
Originalmente, são homens com profissões criativas. Minhas roupas são extremamente simples no design, isso os atrai. Eles querem demonstrar confiança, não chamar atenção.

Sua marca cresceu muito nestes 25 anos. Como combinar negócios com criatividade e dar certo?
Eu comecei como vendedor. Quando conhecemos todo o processo, aprendemos mais rápido a combinar comércio e criação.

O que o inspirar a criar?
Muitas coisas. Ver arte pode ser inspirador na hora de pensar na cartela de cores, observar a arquitetura de uma cidade ajuda na proporção, conhecer roupas tradicionais de outros países influencia na criação de um tecido. Simplesmente use seus olhos para ver ao redor em vez de comprar revistas de moda ou seguir o que os outros fazem.

Sua moda é sempre renovada pelo frescor, tem um espírito jovem, ao mesmo tempo elegante e extravagante. Os homens que vestem Paul Smith são dândis?
O que eu quero é mais simples. Gostaria que os homens que escolhessem minhas roupas o fizessem baseados na sua personalidade e no seu estilo de vida e que, assim, tivessem a oportunidade de mostrar quem são: sérios, divertidos, atléticos ou extravagantes.

Qual o seu conselho quando o assunto é moda?

Vista-se para mostrar sua idade, seu estilo de vida e seu caráter.

Qual o maior pecado da moda?
Tentar estar sempre na moda.

Fonte: Eva Joory (Revista GQ Brasil – abril de 2010)