terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sotaque francês inspira a cozinha pernambucana


Em 2005, a França homenageou o Brasil e atraiu em suas diversas manifestações mais de dois milhões de franceses. Desta vez foi o Brasil quem convidou a França para exibir a contemporaneidade e a riqueza de sua cultura, por meio de eventos realizados desde abril deste ano, em algumas das capitais do país, que se estenderão até 15 de novembro - data de comemoração da Proclamação da República.

Pernambuco, reconhecido como o segundo pólo gastronômico do Brasil, não poderia deixar ficar fora desta festa. O Estado fará a sua parte celebrando, à mesa, a França do mestre Paul Bocause. É a alma da culinária francesa em corpo brasileiro.

Com o tema “Ano da França no Brasil”, a 8ª edição do Festival Gastronômico de Pernambuco homenageará a refinada cozinha francesa de 13 a 25 de outubro, evento que reunirá este ano 27 chefs convidados de todo o Brasil, e que atuarão em 27 restaurantes do Recife, Jaboatão, Olinda, Ipojuca, Petrolina e Fernando de Noronha. Todos os mestres da cozinha brasileira ficarão responsáveis em preparar cardápios completos (entrada, prato principal e sobremesa) com ingredientes típicos da região e historicamente oriundos da culinária francesa que é referência mundial.

“A França é um dos berços de boa mesa e dos famosos chefs de cozinha. Podemos afirmar também que a sua gastronomia faz parte da história do mundo. Delícias como o foie gras, os quiches, crepes ou o camembert são produtos franceses que se expandiram pelas cozinhas do planeta”, informa César Santos, que junto com os sócios Ana Claudia Lins e Márcio Sena, organizam o Festival Gastronômico de Pernambuco.

Bem antes da Revolução Francesa, as tradições da gastronomia da França, começaram a ter reflexos à mesa do mundo. No momento das refeições a regra, até hoje, é servir à francesa com empregados uniformizados, e disposição de pratos, talheres, copos arrumados e muitas formalidades, além de um detalhe: todo o menu harmonizado com vinhos especiais.

A relação entre brasileiros e franceses sempre foi bastante diplomática. Na culinária não poderia ser diferente. Embora não tenha um movimento imigratório significativo da França para o Brasil, a influência foi perceptível. Com a cozinha francesa, aprendemos a usar alimentos frescos, técnicas atribuídas ao corte dado aos legumes, além de métodos de organização e higiene.

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